sexta-feira, setembro 30, 2005

PERDÃO

Encostei a minha cabeça em teu peito,
E logo ouvi um breve palpitar...
Era forte e cheio de querer,
E mesmo assim nunca o cheguei a entender...
Foi triste, sentir tudo a fugir...
Cansado de esperar escondeu a lágrima,
E nunca mais precisou de a ver cair...
O som que o acordou, não o deixava ouvir,
Apagou o tempo, e a chuva deixou se sentir...
Lá fora tremia, aquele vento que soprou...
E quem tudo pediu, com nada de nada ficou...
O querer de quem sobrou, viu se naquele olhar,
Vazio como a alma, desejou para sempre chorar...
Uma mão apareceu, mas não se estendeu,
Ficou apenas para limpar, aquilo que o amor perdeu...
No chão tremeu, não de frio ou solidão,
Apenas sabia que morrer assim não tinha perdão...
Já era demais, aquela vida que o carregava...
Desistiu no fim da noite, aquele ser que se arrastava...
Qando mais nada se ouviu, o seu triste olhar partiu,
Levando com ele a saudade, e tudo o que o coração sentiu...
27/03/02

2 Comments:

At 01/10/05, 11:57, Blogger Lagoa_Azul said...

Bem...cada vez ke por cá passo me surpreendes sempre...lindo poema, para mim um verdadeiro hino a vida, apesar de o teres ecrito algures no passado...
Continua a dar luz a esses poemas que um dia guardaste nas trevas de uma gaveta, acredita que hoje eles se sentem bem mais felizes, tal como tu...
Beijos...

 
At 14/02/07, 18:54, Anonymous Anónimo said...

Keep up the good work » »

 

Enviar um comentário

<< Home